A China informou que um homem de 55 anos foi diagnosticado com peste bubônica depois de matar e comer um coelho selvagem. Na última semana, dois casos já haviam sido reportados na capital Pequim de peste pneumônica, que é causada pela mesma bactéria Yersinia pestis.
Um comunicado da autoridade sanitária da Região Autônoma da Mongólia Interior, ao norte de Pequim, disse que o homem está sendo tratado desde sábado em um hospital na cidade de Huade. Os investigadores descobriram que o paciente consumiu o coelho em 5 de novembro.
O comunicado ainda diz que 28 pessoas que tiveram contato próximo com o homem estão em quarentena, mas nenhuma apresentou febre ou apresentou outros sintomas da peste.
Em 12 de novembro, dois pacientes foram diagnosticados com peste pneumônica em Pequim. Nenhuma associação epidemiológica foi encontrada entre os dois casos.
A peste pode ser fatal em até 90% das pessoas infectadas se não tratadas, principalmente com vários tipos de antibióticos. A peste pneumônica pode se desenvolver a partir da peste bubônica e resulta em uma infecção pulmonar grave, causando falta de ar, dor de cabeça e tosse.
A China erradicou amplamente a peste, mas ainda são relatados casos ocasionais, principalmente entre caçadores que entram em contato com pulgas que carregam a bactéria. O último grande surto conhecido ocorreu em 2009, quando várias pessoas morreram na cidade de Ziketan, na província de Qinghai, no planalto tibetano.
A China melhorou bastante sua detecção e gerenciamento de doenças infecciosas desde o surto de 2003 da síndrome respiratória aguda grave (SARS), que levou a 774 mortes, principalmente na China e Hong Kong. Pequim foi acusada inicialmente de encobrir o surto e de não se esforçar para cooperar com a Organização Mundial da Saúde, permitindo que a doença se espalhasse para fora do país.
Errata: o texto foi atualizado Diferentemente do informado no último parágrafo do texto, Pequim foi acusada inicialmente de não se esforçar para cooperar com a Organização Mundial da Saúde. A informação foi corrigida. COMUNICAR ERRO .
Fonte: uol