Especialista destaca sintomas que podem indicar o tumor, que surge a partir de verrugas que crescem na parede do intestino
O câncer de intestino é um tumor maligno que se desenvolve, principalmente, no lado esquerdo do intestino grosso, também chamado de cólon e reto. Ele quase sempre se desenvolve a partir de pólipos, parecidos com verrugas ou lesões benignas que crescem na parede do intestino, o que o torna uma doença difícil de identificar.
A oncologista Marcela Crosara, do Hospital DF Star, destaca que o tumor no intestino tem sido cada vez mais frequente no Brasil. “Ele é a segunda neoplasia mais frequente entre homens e mulheres, cujos fatores de risco são excesso de carne vermelha, alcoolismo e tabagismo. Hábitos muito praticados entre brasileiros”, alerta.
“Se não tratado, o câncer de intestino pode bloquear o intestino do paciente e, em questão de meses, pode causa a morte. Por isso sempre chamo a atenção para o exame de colonoscopia, que pode prevenir e detectar precocemente o tumor e, logo, aumentar as chances de cura”, acrescenta Marcela.
Diante dos riscos, vale destacar os sinais mais comuns e incomuns da doença, como:
- Alterações do hábito intestinal, por exemplo, diarreia ou constipação de início recente;
- Presença de sangue nas fezes;
- Cólicas abdominais persistentes;
- Dor ao evacuar e sensação de evacuação incompleta;
- Redução do apetite;
- Anemia;
- Perda de peso sem causa aparente;
- Fadiga;
- Alteração no aspecto das fezes, que podem passar a ser mais finas;
- Vômito, caso o câncer evolua e comece a bloquear o intestino;
- Bolhas no xixi, caso se espalhe para a bexiga. Segundo a especialista este é raro;
- Nódulo na pele, caso chegue a corrente sanguínea. Marcela classifica o sinal como incomum.
Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana.
Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019.
O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado.
Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras.
Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC).
Outros fatores são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.
Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal.
O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio).
O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas.
A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor.
A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino.
Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana.
Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus.
Tratamento
O grau de agressividade do tumor será definido pelo estágio em que ele é detectado, o que consequentemente vai definir como o tratamento será. Mas em estágios iniciais, o paciente passa por cirurgia para retirada da parte do intestino afetada, bem como radioterapia, que pode ou não ser acompanhada de quimioterapia.
“O tratamento evoluiu e oferece maior chance de cura para o paciente, mas antes é preciso quebrar o tabu da colonoscopia. Por mais que seja um exame invasivo, ela pode ser o primeiro passo para salvar alguém com o câncer. Quem não fez faça”, suplica a oncologista.
– Texto publicado originalmente no site Metrópoles