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Baleado na cabeça seria 3º do PCC em lista de “marcados para morrer”

Gean foi encontrado ferido, com os pés e as mãos amarrados, na estrada de acesso ao presídio da Gameleira

Na foto, Jamsonn (setando) e Gean (de boné vermelho), em 2015 (Foto: Reprodução Facebook)

Morto com um tiro na cabeça, Gean Blendão Pereira Rodrigues, de 21 anos, seria a terceira vítima de uma lista de execução do PCC (Primeiro Comando da Capital) apreendida pela polícia no último sábado, dia 2 de junho, em Campo Grande (MS). Entre os nomes, estava Jamsonn Luiz Cordeiro, de 19 anos, assassinado no dia 29 de maio, no Jardim Noroeste.

A lista com cinco nomes, de possíveis integrantes do CV (Comando Vermelho) “marcados para morrer”, foi encontrada por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar na casa de James Deann Lucas Martins, de 25 anos.

James, que seria uma liderança do PCC, foi preso no sábado, junto com outros quatro comparsas, pelo envolvimento no roubo de um veículo Cobalt, ocorrido no bairro Tiradentes. Com ele, os policiais encontraram três armas, uma carta – em que confessa o assassinato de Jamsonn – estatutos da facção e a lista de execução.

Motivação – Conforme apurado pela reportagem, Gean também estava na lista e teria morrido pelo mesmo motivo que Jamsonn: uma foto publicada em redes sociais. A “explicação” para a execução veio da própria família do rapaz, por meio do canal “Direto das Ruas”.

“O crime foi por causa de uma foto tirada há uns 3 anos, quando Gean fez símbolo do Comando Vermelho. Nem sabemos qual foto é. Falaram isso para ele [Gean] há uns três dias. Gean disse que chegou a falar com um chefe do PCC e o cara garantiu que não iam fazer nada contra ele”, contou o parente, que preferiu não se identificar.

Uma foto também foi a motivação para a morte de Jamsonn. Na carta encontrada pela polícia, James descreve que a vítima foi morta depois de ter postado uma foto ao lado de um homem identificado como Igor, fazendo o símbolo da facção criminosa CV (Comando Vermelho) com os dedos.

Em depoimento, James ainda alegou que a vítima “não respeitava mulher de ninguém e filho de ninguém” e teria desrespeitado esposas de integrantes da facção. Amigos de longa data, Gean e Jamsonn colecionam uma série de fotos juntos nas redes sociais. As primeiras são de 2015, onde os dois posam juntos com um grupo de amigos. A última é de maio de 2017.

Enquanto a morte de Gean é investigada pela 5ª Delegacia de Polícia Civil, o inquérito sobre a execução de Jamsonn está na 3ª Delegacia.

Os crimes – Jamsonn foi morto no dia 29 de maio, no Jardim Serraville, região do Noroeste, em Campo Grande. O corpo dele foi encontrado no dia seguinte, na Avenida Flores da Cunha, com um tiro na testa.

Preso, James confessou o crime e afirmou que a ordem para a execução veio de dentro do presídio. Ele alegou à polícia que já conhecia a rotina do “guri”, como ele se referiu a vítima e que o matou sozinho.

Em depoimento, o suspeito contou que conhecia a rotina da vítima e que no dia do crime a esperou escondido em um matagal. Assim que ela passou pelo local, saiu do “esconderijo”, e “sapecou o guri” com dois disparos. A arma usada no homicídio, uma pistola 9 mm cromada e com silenciador, foi apreendida no dia da prisão do autor.

Gean foi encontrado ainda com vida na estrada de acesso ao Centro Penal Agroindustrial da Gameleira na manhã desta terça-feira (5). Ele estava com as mãos amarradas com uma calça jeans e o pés com uma toalha de banho, e tinha um ferimento de tiro na cabeça.

A vítima foi socorrida em estado grave para a Santa Casa. Conforme a unidade de saúde, Gean chegou a sofrer parada cardíaca, foi reanimado, mas horas depois não resistiu ao ferimento. Suspeitos do crime não foram identificados.

 

 

 

 

 

 

 

CAMPOGRANDENEWS

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