Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, o Brasil registra cerca de 60 mil casos de câncer de mama a cada ano
O câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada de células anormais, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos.
Há vários tipos de câncer de mama, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico.
As alterações genéticas que aumentam o risco do câncer de mama podem ser herdadas dos pais para os filhos. No entanto, a frequência de mutações que podem favorecer o surgimento da doença na população em geral é baixa. Cerca de 10% dos casos de câncer de mama são de origem genética. Os outros 90% dos casos não têm um fator direto.
Para as pessoas que contam com histórico do câncer de mama na família, o mapeamento genético pode ser indicado. O teste não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e custa cerca de R$ 2 mil na rede particular.
“Nós precisamos de uma consciência maior de que detectar precocemente salva vidas. E vai trazer uma economia para o governo que não tem que gastar com internação e quimioterapia”, afirmou a geneticista Maria Isabel Achatz, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Importância da mamografia
Segundo o Inca, o câncer é, na maioria das vezes, descoberto de forma casual, sem a necessidade de uma técnica específica a ser ensinada para a realização do autoexame.
O Ministério da Saúde recomenda a realização da mamografia como método de rastreamento para o câncer de mama, ou seja, exame de rotina, para mulheres sem sinais e sintomas na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos.
Cirurgia de mastectomia
Uma paciente decidiu fazer a mastectomia bilateral preventiva, uma cirurgia que consiste na retirada do tecido das duas mamas. Aos 36 anos, tomou a decisão após o pai ser diagnosticado com câncer de mama. Ela fez o mesmo procedimento que a atriz Angelina Jolie.
Segundo o médico Antonio Carlos Buzaid, diretor do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, fatores como menopausa tardia, consumo de bebida alcoólica e alimentação desbalanceada favorecem o surgimento da doença.
“Existe uma correlação direta entre tamanho do tumor de mama e o risco da pessoa falecer daquele câncer de mama. Quanto menor, mais precoce você detectar, maiores são as chances de cura”, afirmou Antonio.
Por outro lado, a amamentação é considerada um fator de proteção contra o câncer de mama. “O tecido que não sofreu uma gestação é mais suscetível a sofrer modificações ambientais e dar origem ao tumor”, explicou o oncologista Antônio Frasson, titular do Grupo de Mama/Centro de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo.
Texto publicado originalmente em CNN Brasil