A atuação organizada de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos durante a gestação pode garantir mais bem-estar para mamães e bebês depois do parto.
Dados que reforçam a tese fazem parte do relatório de resultados do Programa de Atenção Integral da Gestação ao Pós-Parto, iniciativa que acompanhou até 500 gestantes de forma simultânea em alguns meses.
O projeto foi implementado em uma empresa atendida pela AsQ, especialista em saúde corporativa. O índice de nascimentos prematuros no grupo foi de 7%.
Em geral, esse percentual no País gira em torno dos 12%. O aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida foi registrado em 85% dos bebês acompanhados. O índice nacional é de aproximadamente 50%.
O número de mulheres monitoradas variou ao longo do tempo do projeto, que durou 13 meses (março 2022/maio 2023). Na média, as gestantes acompanhadas fizeram sete ou mais consultas de pré-natal.
Elas realizaram os exames indicados para cada fase da gestação e tiveram atendimento de psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas sempre que necessário. O grupo incluía pacientes saudáveis e mulheres com doença pré-clínica ou com doenças crônicas estabelecidas, algumas com potencial de complicações.
“O ponto de partida do trabalho foi o diagnóstico do quadro de saúde de cada mãe. A partir dessa identificação, foi possível planejar o atendimento e garantir que cada pessoa tivesse a atenção adequada”, diz o CEO da AsQ, André Machado Júnior.
Os quadros mais simples tiveram acompanhamento básico, com consultas e exames de rotina. Situações mais críticas exigiram desde o encaminhamento para especialistas, como psicólogos ou nutricionistas, até medidas como a recomendação de repouso absoluto.
As participantes também receberam sete materiais educativos, em formato de ebooks, com informações sobre alimentação, autoimagem, mudanças registradas nos diferentes ciclos da gestação e o papel do pai no cuidado com o bebê.
Texto publicado originalmente em MEDICINA S/A