Segundo seu veterinário, a cachorrinha tinha até 12 convulsões nos piores dias; porém, em 9 meses usando óleo rico em THC, o animal não voltou a convulsionar.
“Oi, professor, boa tarde. Desculpa te incomodar aqui pelo WhatsApp, mas é urgente. Minha dog está tendo convulsão. Isso de uma hora para outra. E nessa madrugada foi muito frequente. De verdade, acho que ela teve umas dez. Eu passei a maioria do tempo perto dela acalmando e cuidando para ela não se machucar”.
Foi esta a mensagem que a Júlia Souza, tutora da cadelinha vira-lata Yara, de pouco mais de um ano, mandou no dia 19 de março para o veterinário Erik Amazonas, que leciona na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A garota achava que sua cachorra iria morrer.
Erik relembra, em entrevista ao Sechat, que quando foi atender a Yara na casa da aluna, no meio da consulta a bichinha teve uma nova crise muito forte.
“Eu fui com o óleo numa dose que eu chamo de ‘não estou nem aí’, até ela parar. Foi uma dose muito alta! Nisso, eu voltei a conversar com a tutora, quando ela teve uma segunda crise. Foi aí que eu dei uma dose para sedar ela”.
Segundo o veterinário, a Yara tinha até 12 convulsões nos piores dias. Porém, passados mais de 9 meses deste atendimento, o animal zerou as crises.
“Agora ela viaja com a tutora, vai a praças, parques, coisas que ela não fazia porque ela ficava confinada em casa”, conta Amazonas.
Porém, durante o tratamento, a Júlia ficou sem o óleo de Cannabis e precisou medicar a cachorra com remédios tarja preta. Primeiro foi com Rivotril (diazepam). Porém a cadela ficou “alucinada”, nas palavras da tutora. Depois, aplicou Gardenal (fenobarbital). O segundo medicamento chegou a controlar as convulsões. Contudo, a cadela ficou grogue e ainda com alguns espasmos.
Bem diferente do efeito do óleo de Cannabis, que conforme mostram as imagens abaixo, devolveram à Yara o comportamento de um cachorro normal e brincalhão de um ano de idade.
“Ela está dormindo nunca. Nenhuma crise. Hoje ela levantou e comeu, andou pela casa e voltou a dormir”, relatou Júlia.
Segundo Erik Amazonas, ao contrário dos seres humanos, nos animais que ele observou, o THC não provocou os efeitos adversos durante tratamento com óleos ricos nesse canabinoide:
“Na medicina veterinária, o que eu tenho visto, é que temos tido melhores experiências com óleos ricos em THC do que em CBD. O que tem melhor funcionado para mim em vários animais é um óleo que tem 50×1 de THCxCBD. No caso específico da Yara, que está usando 2,5 mg/ml de THC e eu não tenho relatos de efeito colateral”.
FONTE: SECHAT