Por causa da pobreza e da exclusão, as crianças mais desfavorecidas enfrentam o maior risco de todas as formas de desnutrição
O relatório ‘Situação Mundial da Infância 2019: crianças, alimentação e nutrição’, divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) mostrou que uma em cada duas crianças de até 5 anos sofre de fome oculta no mundo.
A fome oculta consiste na deficiência de vitaminas e minerais essenciais, e raramente é percebida até que seja tarde demais para se fazer algo.
“O número de crianças e mulheres afetadas por várias formas de fome oculta é impressionante”, aponta o relatório. Com base nos dados mais recentes disponíveis, o UNICEF estima que pelo menos 340 milhões de crianças menores de 5 anos sofrem de deficiências de micronutrientes.
Assim como a fome oculta, a desnutrição e o sobrepeso são outras vertentes da má nutrição.
A má nutrição tem muitas causas. A saúde e o estado nutricional da mãe afetam profundamente o desenvolvimento do filho, assim como a alimentação do filho nas primeiras horas e dias de vida. Para muitas crianças, as causas da má nutrição também incluem o acesso precário a serviços de saúde e água potável e saneamento adequado, o que pode levar a doenças que impedem a criança de absorver nutrientes.
Menos de uma em cada três crianças entre 6 e 23 meses está consumindo o tipo de dieta diversificada necessária para seu corpo e cérebro em rápido crescimento. Para as crianças mais pobres, a proporção cai para apenas uma em cada cinco.
As famílias pobres tendem a selecionar alimentos de baixa qualidade que custam menos. Por causa da pobreza e da exclusão, as crianças mais desfavorecidas enfrentam o maior risco de todas as formas de desnutrição.
Somente em 2018, o UNICEF e seus parceiros trataram mais de 3,4 milhões de crianças com desnutrição grave em contextos humanitários no Afeganistão, Iêmen, Nigéria e Sudão do Sul.
A desnutrição aguda (baixo peso para a altura) pode ser letal para as crianças, principalmente nas formas mais graves. Outro dado curioso do relatório é que, ao contrário do que muitos pensam, a maioria das crianças com baixo peso em todo o mundo vive na Ásia e não na África.
Fonte: Observatorio do terceiro setor
Por:DIREITOS HUMANOS, NOTÍCIAS