De acordo com um estudo publicado on-line em 25 de outubro no periódico Neurology, no caso de idosos, níveis mais elevados de triglicerídeos estão associados a um menor risco de demência.
Zhen Zhou, Ph.D., da Universidade Monash em Melbourne, Austrália, e colegas examinaram a associação de triglicerídeos com demência e alteração cognitiva entre idosos residentes na comunidade com, pelo menos, 65 anos de idade, sem demência ou eventos cardiovasculares anteriores na inclusão (18.294 participantes do estudo Aspirina na Redução de Eventos em Idosos [ASPirin in Reducing Events in the Elderly, ASPREE]).
A análise foi repetida em uma subcoorte de participantes com dados genéticos sobre APOE-ε4 disponíveis e em uma coorte externa (68.200 participantes do Biobanco do Reino Unido).
Os pesquisadores observaram que foi registrada demência em 823 e 2.778 indivíduos das coortes do ASPREE e do Biobanco do Reino Unido durante um acompanhamento mediano de 6,4 e 12,5 anos, respectivamente.
Em toda a coorte ASPREE, níveis mais altos de triglicerídeos foram associados a um menor risco de demência (razão de risco com o dobro de triglicerídeos: 0,82). Foram observados achados semelhantes na subcoorte de participantes com dados genéticos sobre APOE-ε4 (razão de risco: 0,82) e na coorte do Biobanco do Reino Unido (razão de risco: 0,83).
Foi observado um declínio mais lento da cognição e memória globais compostas, ao longo do tempo, em associação com triglicerídeos mais elevados.
“Níveis mais elevados de triglicerídeos podem refletir melhores comportamentos gerais de saúde e estilo de vida que protegeriam contra a demência”, disse Zhou em uma declaração. “Nossos achados sugerem que os níveis de triglicerídeos podem servir como um preditor útil para o risco de demência e de declínio cognitivo em populações idosas.”
Vários autores declararam ter laços com a indústria biofarmacêutica.
Texto publicado originalmente em MANUAL NSD
