De acordo com um estudo publicado no periódico European Heart Journal: Cardiovascular Imaging, mulheres apresentam um atraso de aproximadamente 12 anos no início da aterosclerose coronariana, mas aquelas no grupo de maior carga aterosclerótica têm um risco maior de eventos cardiovasculares adversos maiores (ECAM).
A pesquisa foi publicada para coincidir com o EACVI 2023, congresso da Associação Europeia de Imagiologia Cardiovascular, realizado de 10 a 12 de maio em Barcelona, Espanha.
Dra. Sophie E. van Rosendael, do Centro Médico da Universidade de Leiden, na Holanda, e colegas examinaram as diferenças na idade de início e a significância prognóstica da carga de placas ateroscleróticas, entre os sexos, em 11.678 mulheres e 13.272 homens acompanhados por 3,7 anos.
A pontuação da angiografia coronariana por tomografia computadorizada (ACTC) foi calculada para todos os participantes.
Os pesquisadores observaram que, em mulheres, a idade em que a pontuação de risco mediana foi maior que 0 foi 12 anos depois em relação aos homens (64 a 68 versus 52 a 56 anos).
Foi observada uma associação independente para a pontuação de risco da ACTC de Leiden com ECAM (taxas de risco para pontuações de 6 a 20 e >20, respectivamente: 2,29 e 6,71 em mulheres e 1,64 e 2,38 em homens).
Dentro do grupo de maior pontuação, o risco foi significativamente mais elevado para mulheres. A pontuação de risco foi igualmente preditiva e comparável para mulheres na pré-menopausa e homens.
Em mulheres na pós-menopausa, o valor prognóstico foi maior do que para homens (taxas de risco para pontuações de 6 a 20 e >20, respectivamente, 2,21 e 6,11 em mulheres e 1,57 e 2,25 em homens), com uma interação significativa observada para o grupo de maior risco.
“O estudo sugere que uma determinada carga de aterosclerose é mais perigosa em mulheres na pós‑menopausa do que em homens na mesma idade”, disse van Rosendael em uma declaração.
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